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Se você está tentando emagrecer por conta própria, certamente já deve ter se deparado com centenas de dietas da moda que prometem uma perda de peso rápida. No entanto, a verdade é que engordar e emagrecer são processos muito mais complexos e envolvem aspectos que não incluem apenas o que comemos ou deixamos de comer, sendo assim já ouviu falar de nutrição comportamental ?
Contar calorias e nutrientes pode não ser o caminho, evitar alguns tipos de alimentos faz parte, mas entender a nossa relação com a comida é tão ou mais importante. É com esse pensamento em mente que a nutrição comportamental, com esse nome, surgiu em 2014.
O termo nutrição comportamental, assim como a abordagem que o engloba, surgiu em 2014 e foi criado pelo Instituto Nutrição Comportamental através da unificação e sistematização, promovidas por cinco nutricionistas, de diferentes conhecimentos, estudos e publicações da área, que resultou em um encontro científico para discutir o tema.
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Em resumo, a nutrição comportamental acredita que o comportamento alimentar da sociedade precisa de mudanças e que devemos considerar todos os aspectos que englobam o ato de comer e nossas escolhas alimentares, e da comunicação e dos nutricionistas nesse processo é fundamental.
Nesse tipo de abordagem, o nutricionista considera os hábitos e as condutas de cada paciente para orientá-lo a adotar mudanças que possam personalizar e adequar sua dieta na busca de uma alimentação saudável, nutritiva e prazerosa considerando os aspectos sociais, fisiológicos e emocionais que influenciam o ato de comer.
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As dietas que são baseadas na contagem de calorias e nutrientes, e mesmo as estratégias que restringem alguns tipos de alimentos, podem ser indicadas em casos específicos e não devem ser consideradas vilãs, mas é inegável que podem dificultar a adesão dos pacientes.
Por esse motivo, a nutrição comportamental é uma abordagem que não considera que os alimentos sejam apenas ruins, bons ou proibidos. Basicamente, esse segmento da nutrição entende que existem comportamentos e hábitos alimentares que são prejudiciais.
Dessa forma, melhorar a nossa relação com os alimentos é imprescindível para prevenir e tratar doenças, ter uma qualidade de vida mais saudável e, claro, ganhar ou perder peso. E, neste cenário, escolher o caminho da nutrição comportamental traz muitos benefícios:
Através da nutrição comportamental é possível enxergar os indivíduos além do que eles comem ou deixam de comer. O grande propósito é compreender o ser humano de forma integral e não apenas ditar regras, mas sim orientá-lo a fazer escolhas alimentares que façam sentido para sua realidade e objetivos.
Educar sobre as consequências negativas das dietas restritivas (exceto com motivação médica), considerar as emoções e o contexto sociocultural que interferem na relação com a comida, orientar (e não prescrever) e valorizar o comer são os pilares da NC.
De acordo com o Instituto Nutrição Comportamental, além desses quatro pilares existem cinco premissas que regem a nutrição comportamental e devem ser a base do trabalho desenvolvido por nutricionistas que atuam com esse tipo de abordagem em seus consultórios.
A nutrição comportamental pode ser aplicada por todos os nutricionistas, independente da formação, área de atuação e filosofia de trabalho: todos podem encontrar novas estratégias, ferramentas e subsídios para incorporar essa abordagem em suas práticas profissionais.
Não se trata de uma nova doutrina, método, especialidade ou linha da nutrição. A nutrição comportamental é uma abordagem que foi sistematizada para ampliar o modo de atuação dos nutricionistas e não segmentar os profissionais da área.
De acordo com o Instituto, os guias alimentares devem ser um instrumento de trabalho. No entanto, é preciso compreender que uma diretriz não pode se impor a uma avaliação e orientação individualizadas.
O ideal é respeitar questões como quantidade, frequência, contextos social, emocional, fisiológico e cultural e fugir da dicotomização dos alimentos para evitar culpa, compensação e outros comportamentos inadequados.
Na nutrição comportamental, o objetivo não é romper com as guidelines e diretrizes, mas diferenciar situações de recomendação, avaliação e responsabilidade técnica promovendo ações conjuntas com diferentes interlocutores para divulgação de estratégias e conhecimentos através de uma comunicação inclusiva, abrangente e responsável.
A NC acredita que a saúde depende de comportamentos saudáveis que incluem alimentação e atividade física, mas fugindo de modelos prontos, modismos, dietas restritivas e tratamentos focados apenas no peso, que não é um comportamento. A abordagem não é contra mudanças no estado nutricional, mas acredita que isso seja uma consequência da mudança de comportamento através de estratégias baseadas na ciência e individualizadas para atender cada pessoa de forma personalizada e holística.
Ter orientação especializada é fundamental para adotar estratégias alimentares que possam tornar a sua alimentação mais saudável e, em muitos casos, prevenir e tratar doenças e também perder peso, e a nutrição comportamental certamente é um caminho que pode levá-lo a atingir seus objetivos de forma segura, respeitando suas individualidades.
A Dra. Diana Ruffato é nutricionista especializada no tratamento de doenças crônicas e agudas e possui experiência na orientação de pacientes que desejam ou precisam, por razões médicas, modificar os hábitos alimentares de forma saudável e segura. Agende agora uma avaliação e entenda como a nutrição comportamental pode ajudá-lo (a).
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