Low carb, low fat, Jejum ou dieta hipocalórica: qual funciona no tratamento para obesidade?

2 de agosto de 2023

A disseminação de informações sobre dietas e tratamentos para obesidade cresceu muito nos últimos anos por conta do avanço das redes sociais. Contudo, entre essas informações nem sempre podemos encontrar soluções eficientes para a perda de peso. O tratamento para obesidade deve ser recomendado e acompanhado por uma equipe de especialistas visando um processo de emagrecimento seguro e eficaz. 

É necessário levar em consideração inúmeros fatores contribuindo para o ganho de peso desse paciente, como aspectos emocionais, transtornos alimentares, realidade psicossocial do paciente, entre muitos outros fatores.

O objetivo do tratamento para obesidade é ajudar o paciente a alcançar e manter um peso saudável, evitando as principais comorbidades decorrentes da obesidade como a diabetes, hipertensão arterial, refluxo, esteatose hepática.

Também é muito importante que esse paciente estabeleça um acompanhamento psicológico para trabalhar seus gatilhos e o comer emocional.

Algumas dietas ganharam bastante visibilidade nos últimos anos, como é o caso da dieta low carb. O principal aspecto dessa abordagem está na redução do consumo de carboidratos pelo paciente, aumentando o consumo de proteínas.

A dieta hipocalórica é baseada em um consumo reduzido de calorias visando alcançar um déficit calórico. Também muito disseminada na mídia,a dieta low fat que tem como principal abordagem reduzir o consumo de carboidratos e gorduras. Mas como essas dietas podem favorecer o tratamento de obesidade?

O primeiro passo é entender que estabelecer dietas restritivas pode ser muito prejudicial para a saúde e entregar o resultado oposto ao esperado. Por essa razão, o paciente que deseja combater a obesidade e garantir a perda de peso segura precisa ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar.

O que não é levado em conta entre as pessoas que seguem esse tipo de dieta é que, independentemente da restrição que é realizada, é necessário considerar as escolhas nutricionalmente saudáveis.

O processo de emagrecimento deve ser saudável e garantir não só a perda de peso mas também a manutenção da saúde do paciente. É impossível determinar uma dieta que funcione bem para todos os organismos, sendo necessária a avaliação de um especialista para estabelecer o melhor protocolo de acordo com cada caso específico.

De forma simplificada, o que o paciente em tratamento contra obesidade deve entender é que a dieta que funcionou para o seu colega pode não ser a melhor solução para o seu caso.

Aliado a isso, podemos entender que o déficit calórico é um dos fatores mais importantes para o processo de emagrecimento. Entretanto, esse déficit deve ser estabelecido de forma segura e saudável para o paciente, mantendo o consumo dos nutrientes necessários.

Principais diferenças  entre as dietas mais utilizadas no tratamento da obesidade:

Dieta low carb 

O princípio da dieta low carb está na redução do consumo de carboidratos. Em uma alimentação convencional os carboidratos representam aproximadamente 50 a 60% das calorias consumidas. Apesar de apresentar resultados positivos no emagrecimento rápido, essa dieta é de difícil manutenção e pode causar deficiências nutricionais, além da perda muscular.

As dietas low carb são separadas por tipos de acordo com a quantidade de carboidratos que pode ser consumido, sendo:

• Tradicional: de 25 a 45 por cento de carboidratos diários na alimentação
• Cetogênica: 5 a 10% do total de calorias consumidas
• Paleolítica: 30% do total de calorias consumidas
• Atkins: 25% do total de calorias consumidas

Dieta low fat

A dieta low fat baseada em um consumo reduzido de gorduras. Nessa dieta, a gordura representa 20% das calorias totais que são ingeridas diariamente, enquanto tem um papel de destaque ocupando 60% das calorias. A principal vantagem dessa dieta é que é possível estabelecer o consumo de uma ampla variedade de alimentos. Entretanto, é necessário avaliar o tipo de carboidrato que é exigido na dieta para que o paciente se mantenha saudável.

Dieta hipocalórica

A base dessa dieta está no maior consumo de energia e menor consumo de calorias diárias. Com base nisso, o paciente pode alcançar um déficit  calórico de forma que o corpo gasta mais do que consome. Esse é o tipo de dieta mais implementada e costuma entregar bons resultados. O importante é que seja avaliada a qualidade da alimentação aqui não haja perda de nutrientes.

Independentemente do caso, o acompanhamento nutricional é fundamental para a manutenção da saúde e para garantir uma perda de peso segura e efetiva.

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A Dra.Diana Ruffato é nutricionista especializada no tratamento de diversos transtornos, incluindo obesidade. Se você precisa de orientação para cuidar de sua saúde através de alimentação, agende uma consulta.