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É muito comum encontrar em pacientes que estão em tratamento contra o câncer sinais de desnutrição e algumas desordens metabólicas. Esses problemas acabam causando um impacto negativo no tratamento e prejudicando os resultados das abordagens terapêuticas implementadas. Por esse motivo, terapia nutricional é um fator fundamental no tratamento desses pacientes para garantir melhores chances de recuperação.
É importante lembrarmos que a resposta obtida com o tratamento contra o câncer do paciente e seus hábitos são fatores fundamentais dentro do seu estado nutricional. Isso porque pacientes que apresentam algum nível de desnutrição sofrem um grande impacto na sua qualidade de vida, funcionalidade corporal e tolerância ao tratamento. Esses pacientes acabam necessitando de um maior tempo de recuperação diante de Terapias mais agressivas.
É muito comum identificar um estado de desnutrição em pacientes com câncer idosos ou que se encontram em Estados mais avançados da doença. O que muitas pessoas não sabem é que de 10 a 20% dos óbitos em pacientes em tratamentos oncológicos estão relacionados ao estado nutricional.
A desnutrição dos pacientes em tratamento contra o câncer está muito relacionada às abordagens terapêuticas implementadas e ao processo de evolução da doença. Além da desnutrição, esses pacientes também podem apresentar sinais de anorexia, depressão, saciedade precoce, má absorção nutricional, alterações de Paladar entre outros fatores.
Esse conjunto de consequências faz com que esse paciente se alimente mal e não consuma todos os nutrientes necessários para o seu fortalecimento e manutenção nutricional. Por esse motivo, terapia nutricional é fundamental durante esse tipo de tratamento.
A terapia nutricional é indicada para todos os pacientes que se encontram em risco nutricional ou desnutridos, durante o tratamento oncológico. O principal objetivo dessa abordagem é contribuir para a ingestão e absorção dos nutrientes necessários para o fortalecimento do paciente e melhoria dos resultados obtidos com o tratamento.
Para que isso seja possível, podemos utilizar vias de acesso oral, enteral e parenteral. Através dessa abordagem é possível evitar ou reduzir o impacto do tratamento, aumentar a imunidade, controlar efeitos adversos e proporcionar uma maior qualidade de vida para o paciente oncológico.
A escolha do tipo de terapia nutricional a ser implementada vai depender do tipo de tratamento que está sendo recebido pelo paciente, tipo de câncer de localização, sintomas apresentados e necessidades nutricionais. É importante que essa terapia seja iniciada mesmo que o paciente ainda não apresente um quadro de desnutrição como forma de evitar a queda imunológica e prejudicar o bom andamento do tratamento.
Preferencialmente, busca-se recomendar a terapia nutricional por via oral, através de um processo de alimentação convencional. Quando somente a alimentação não é o suficiente, também podem ser utilizados suplementos nutricionais para aumentar o consumo de nutrientes e energia pelo paciente.
A terapia nutricional por via oral é indicada quando o paciente consome menos do que 70% das necessidades nutricionais diárias. Quando a ingestão oral não é possível para o paciente, pode ser recomendada a terapia nutricional enteral, principalmente nos casos nos quais há o consumo de menos de 60% do aporte nutricional necessário.
Já a terapia nutricional parenteral é recomendada nos casos nos quais o paciente apresenta comprometimento do sistema digestivo podendo ser parcial ou total. Essa terapia pode ser utilizada junto com a nutrição enteral.
É muito importante contar com avaliação do médico oncologista e nutricionista responsável para garantir que a terapia seja implementada de acordo com as demandas e necessidades do paciente. Uma boa orientação é fundamental para garantir que esse paciente tenha todo o acompanhamento e consiga os melhores resultados com tratamento implementado. Contar com nutricionista da sua confiança é imprescindível para garantir o maior conforto e qualidade de vida durante esse processo.