Dieta Low Carb: resultados a longo prazo

22 de outubro de 2021

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A Dieta Low Carb está em alta atualmente e não é nenhuma novidade. Começou com a Dieta Revolucionária do Dr. Atkins, publicada em 1972. Caracterizadas por serem compostas de 55% a 65% de gordura, menos de 30% de carboidratos (até 100 g por dia), e 25% a 30% de proteínas. Outros exemplos dela são Protein Power, South Beach, e mais recentemente, Duncan e a dieta paleolítica ou Paleo.

Uma vez que as recomendações atuais sobre alimentação referem à ingestão adequada de carboidratos na faixa de 45 a 65% das necessidades energéticas totais uma dieta com menos de 45% do total de calorias provenientes de carboidratos pode ser considerada baixa em carboidrato ou Low Carb. Veja que estamos dizendo “LOW” e não “NO”…

Low Carb: O Que Você Deve Saber

As dietas com baixo índice de carboidratos têm se mostrado eficientes em diminuir a produção insulínica pós prandial. Sendo a insulina um hormônio anabólico a diminuição em sua produção faz reduzir o depósito de gordura no tecido adiposo, diminuir a entrada de glicose nas células e por consequência diminui a sensação de fome, além de aumentar a diurese devido ao aumento na produção de corpos cetônicos que precisam ser excretados. Tudo isso resulta em perda de peso.

As revisões apontam, entretanto, que essas dieta não possuem uma boa adesão a longo prazo e em alguns casos há aumento de colesterol total a custas de LDL-colesterol. Eles também comparam a dieta Low Carb com outras estratégias nutricionais como dieta do Mediterrâneo e dieta DASH (dietary approach to stop hypertention) ambas focando em um consumo maior de frutas, verduras, alimentos em sua forma integral e trocando a gordura saturada por monoinsaturada (azeites, castanhas, nozes) e a longo prazo não houve diferença na perda de peso.

Veja também: Como funciona a Dieta Plant – Based

Dessa forma podemos concluir que o consumo em excesso de carboidrato pode sim contribuir para o ganho de peso e uma limitação na quantidade ingerida pode ajudar a perder peso. Entretanto o que vemos hoje é uma retirada total de carboidratos da dieta e uma demonização desse nutriente que é importante para as funções do nosso organismo.

O que devemos estar atentos é não só em diminuir a quantidade, mas também em preferir boas fontes de carboidratos no nosso cotidiano, na base da alimentação, nas quais encontramos maior quantidade de nutrientes e fibras e não retirar totalmente esse macronutiente.

Consulte um nutricionista especialista em comportamento alimentar:

A Dra.Diana Ruffato é nutricionista especialista em doenças e trabalha com comportamento alimentar que orienta de forma individual cada paciente garantindo um tratamento único e adequado para cada um. Agende sua consulta.

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