Nutricionista para Síndrome do Intestino Irritável: Estratégias Baseadas em Evidências
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A cirrose hepática é uma doença crônica decorrente de processos inflamatórios cujas lesões, em longo prazo, impedem a regeneração das células do fígado e a circulação sanguínea, resultando na substituição do tecido normal por nódulos e fibroses (cicatrizes).
No tratamento da cirrose, mudanças alimentares orientadas por nutricionistas são fundamentais. O objetivo é não sobrecarregar o fígado e permitir que o órgão se recupere das lesões de forma natural, ou então, com o auxílio de medicamentos específicos.
Quando falamos em estratégia nutricional para esse tipo de hepatopatia, uma das questões que mais geram dúvidas é: cirrose e consumo de proteínas, como balancear?
Uma das principais características do fígado é a sua capacidade de regeneração, desde que apresente de 10 a 20% de tecido saudável. No entanto, existem algumas doenças que comprometem sua habilidade de restauração e, consequentemente, a função hepática.
É o caso da cirrose hepática, doença crônica na qual as células do fígado são destruídas ou deixam de funcionar corretamente, resultando na formação de cicatrizes e fibroses que comprometem total ou parcialmente o funcionamento do órgão. Os sintomas incluem:
Hepatite alcoólica, autoimune ou medicamentosa e doenças virais (como hepatites B e C), por exemplo, podem provocar o desenvolvimento da cirrose. E a cirrose, por sua vez, pode evoluir para um quadro de encefalopatia hepática (mau funcionamento do cérebro em decorrência de problemas no fígado), uma de suas complicações.
No desenvolvimento da encefalopatia hepática, a desregulação no metabolismo do nitrogênio tem um papel crucial. Por esse motivo, sua modulação é uma das chaves para o tratamento da condição. E o que dizem as pesquisas sobre encefalopatia, cirrose e consumo de proteínas?
Até meados do século 20, para evitar o catabolismo em pacientes com cirrose, grandes porções de carne eram recomendadas. Mas, estudos não controlados mostraram que diminuir a ingestão proteica melhorava o estado mental de pacientes com encefalopatia.
Hoje em dia, de modo geral, a restrição proteica é considerada prejudicial em pacientes com quadros graves de encefalopatia. Estudo recente mostrou que uma intervenção nutricional com dieta hipercalórica e rica em proteínas de fontes vegetais foi capaz de melhorar a performance neuropsiquiátrica em pacientes com encefalopatia hepática leve e reduzir o risco de piora no quadro.
A recomendação é que pacientes portadores de hepatopatias evitem longos períodos de jejum e que as refeições sejam fracionadas, contendo pequenas quantidades de proteínas várias vezes ao dia, dando preferência a proteínas de fontes vegetais, resultando em um consumo diário proteico semelhante ao recomendado para não portadores de doença hepática.
A adoção de estratégias nutricionais no tratamento de hepatopatias deve ser orientada e acompanhada por um nutricionista especialista em doenças do fígado. A Dra.Diana Ruffato é experiente no assunto e está preparada para auxiliá-lo no melhor tratamento para o seu caso de forma individual. Agende uma consulta e tire suas dúvidas.