Confira a diferença entre comer transtornado e transtorno alimentar

16 de junho de 2022

Você sabe dizer qual a diferença entre comer transtornado e transtorno alimentar? Aliás, você já ouviu falar sobre esses dois termos? Quando o assunto é alimentação, é possível identificar diferentes hábitos e padrões alimentares ao redor do mundo. Mas, o que fazer quando a alimentação é considerada não saudável e disfuncional?

Comer transtornado e transtorno alimentar: o que são e quais as diferenças?

A principal diferença entre comer transtornado e transtorno alimentar está no fato de que o primeiro, embora apresente características semelhantes ao segundo, ocorre com frequência e gravidade menores. Apesar disso, ambos demandam atenção.

Comer transtornado

O “comer transtornado” é uma terminologia definida pela Associação de Psiquiatria Americana e pela Associação Dietética Americana como todo espectro dos problemas alimentares, da “simples dieta” aos transtornos alimentares clássicos. Nesse conceito podem estar incluídas também práticas não saudáveis para controle do peso, tais como:

  • pular refeições;
  • fazer jejum/não comer mesmo sentindo fome;
  • comer muito pouca comida;
  • usar de substitutos de alimentos, como suplementos ou shakes, sem indicação;
  • tomar remédios para emagrecer sem indicação médica ou fumar mais cigarros com esse propósito;
  • necessidade de controlar a alimentação de forma extrema;
  • restrição constante de calorias e nutrientes sem justificativa clínica;
  • sentimento de culpa e remorso após o consumo de determinados alimentos;
  • utilização de substitutos para refeições (shakes, por exemplo) ou suplementos.

Assim como a obesidade, o comer transtornado pode ter consequências clínicas, psicológicas e sociais além de perpetuar o progresso e/ou manutenção do excesso de peso e, além disso, evoluir para algum tipo de transtorno alimentar, como veremos a seguir.

Transtorno alimentar

O transtorno alimentar abrange doenças de caráter mental. Aqui os pacientes apresentam uma perturbação no comportamento relacionada à alimentação, o que reflete de forma negativa na qualidade de vida e na saúde física e psicossocial como um todo.

A distorção da imagem corporal, que gera comportamentos como diminuição/restrição da ingestão alimentar, uso de laxantes ou diuréticos e a provocação de vômito, por exemplo, são alguns dos sintomas dos principais transtornos alimentares:

  • bulimia nervosa;
  • anorexia nervosa;
  • distúrbio de ruminação;
  • transtorno de compulsão alimentar;
  • transtorno de ingestão alimentar evitativa;
  • transtorno de ingestão alimentar restritiva.

Os transtornos alimentares são doenças graves e que podem levar à morte. Por essa razão, é fundamental que os pacientes sejam acompanhados por uma equipe multidisciplinar que possa orientá-los a repensar a relação com os alimentos de forma saudável.

Qual o papel do nutricionista nos casos de transtorno alimentar?

transtorno alimentar

Agora que você já sabe a diferença entre comer transtornado e transtorno alimentar, saiba que também é importante entender qual o papel do nutricionista no tratamento para reeducação alimentar e dessas condições que comprometem a saúde e a qualidade de vida dos pacientes.

O papel do nutricionista no tratamento do comer transtornado e dos transtornos alimentares é acolher os pacientes, entender suas singularidades, rotinas e história clínica, juntamente com uma equipe multidisciplinar, avaliar o estado nutricional do indivíduo e trabalhar em conjunto para a recuperação desse paciente.

Consulte um nutricionista especialista em comportamento alimentar

A Dra.Diana Ruffato é nutricionista especialista em doenças e trabalha com comportamento alimentar que orienta de forma individual cada paciente garantindo um tratamento único e adequado para cada um. Agende sua consulta.

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