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A alimentação da mãe durante o período de amamentação é de extrema importância tanto para a boa saúde dela quanto de seu bebê. Tabus ou restrições alimentares podem fazer com que a lactante se prive de nutrientes importantes para o seu sustento e, consequentemente, para a produção de leite.
O leite materno é, indiscutivelmente, a melhor e mais adequada fonte de nutrientes, fatores de proteção e fortalecimento emocional para o bebê durante o seu primeiro ano de vida. Especialmente quando oferecido como alimento exclusivo até os seis meses de idade, desempenha papel fundamental nas condições ideais de saúde da criança e da mãe, com repercussões favoráveis por toda a vida.
Dentre os diversos elementos que se relacionam direta ou indiretamente com a lactação, a dieta materna, como fonte de nutrientes para a produção adequada de leite, pode ser influenciada por questões econômicas, sociais e culturais. Nas questões culturais, os tabus ou restrições alimentares, nem sempre justificáveis do ponto de vista biológico, podem fazer com que a mulher se prive de nutrientes importantes para o seu sustento e, consequentemente, para a produção de leite.
Um estudo feito pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, no Departamento de Pediatria, com 504 mães em período de amamentação, investigou a restrição de alguns alimentos e mostrou que refrigerantes (17%), pimenta (17%), gordura de porco (11%) e bebidas alcoólicas (10%) foram os mais prevalentes. Os principais motivos alegados para que tais alimentos não fossem consumidos foram as cólicas na criança (49%) e a resposta inespecífica “faz mal à criança” (33%).
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Uma queixa muito comum entre as mães é a do “leite fraco”. O leite anterior, do início da mamada, tem a aparência de ser mais “ralo”, e isso pode levar as mulheres a pensarem que sua produção de leite não está adequada. Entretanto, esta porção da mamada contém água e elementos de proteção. O leite posterior, que desce depois de um certo tempo que a criança está mamando, contém proteína; e no final da mamada, ele é rico em gordura, fração do leite que trará saciedade para o bebê. Por isso, quando o bebê for colocado para sugar, deve-se deixá-lo até o esgotamento do leite. Desta forma, ele se sentirá farto e a mãe perceberá que seu leite não é fraco, e sim, que o bebê não o consumia na quantidade e qualidade correta.
Por vezes as mãe deixam, também, de comer determinados alimentos por acreditarem que estes secam ou diminuem a produção do leite. Ainda, podem dar ênfase na ingestão de alimentos que consideram produtores e/ou estimuladores de leite, tais como: canjica, sopa de fubá, cerveja preta, arroz doce, canja de galinha, suco de laranja e chá para lactação. Entretanto, não há comprovações científicas de que tais alimentos exerçam essa função. Deve-se levar em consideração que alguns destes alimentos possuem substâncias com maior teor de glicose, proteínas, sais minerais, vitaminas e água. Esses sim são elementos essenciais à qualidade e à quantidade do leite a ser produzido.
É importante salientar que a dieta materna não afeta a quantidade de proteína, gordura e carboidratos em seu leite, o corpo da mãe é capaz de retirar as reservas desses nutrientes do próprio corpo e transferir para o leite para que esse não fique deficiente. No entanto, deficiências na ingestão de vitaminas e minerais podem afetar a composição desses micronutrientes no leite.
Dessa forma, é essencial que a mulher que amamenta tenha uma alimentação variada, contendo todos os grupos alimentares para que ela possa se manter bem nutrida e consequentemente oferecer a nutrição adequada a seu filho por meio do leite materno, é indicado a procura de um nutricionista qualificado para o acompanhamento deste processo. Isso significa comer quantidades adequadas, por exemplo, de frutas, verduras e legumes bem como carnes magras, leguminosas, produtos lácteos e cereais integrais. Com relação às restrições alimentares, cada caso deve ser analisado com cuidado por um nutricionista que poderá informar e orientar melhor as mães sobre como conduzir sua dieta em seus aspectos quantitativos e qualitativos, afastando os fatores que possam colaborar com o desmame precoce.
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