A demência é uma síndrome caracterizada pela deterioração adquirida das capacidades cognitivas, comprometendo a performance das atividades diárias. Na maioria dos casos, as demências são de natureza crônica e progressiva, surgindo após os 65 anos de idade. 

Em resumo, a demência causa o declínio geral das nossas habilidades mentais, como memória, linguagem e raciocínio, interferindo na qualidade de vida e nos relacionamentos do indivíduo. Entre os principais sintomas, destacam-se:

  • Confusão mental;
  • Comportamento agitado;
  • Perda de memória;
  • Perda de interesse; 
  • Dificuldade em tomar decisões;
  • Dificuldade em reconhecer familiares e fatos comuns;
  • Alterações na personalidade e no senso crítico;
  • Dificuldade em compreender comunicação escrita ou verbal;
  • Incapacidade de realizar atividades habituais.

A Doença de Alzheimer (DA) e a Demência Vascular são os tipos de demência mais comuns e podem ser coexistentes. Diversos estudos sugerem a influência de fatores nutricionais no desenvolvimento e progressão das demências. 

Nutrição e demências: qual a relação?

Hábitos alimentares estão associados a uma proteção ou redução na velocidade de progressão de demências. Acredita-se que alguns nutrientes  agem de forma mais direta, interferindo na capacidade de regeneração celular e nas vias patogênicas da demência. 

Estudos sugerem que fatores nutricionais, incluindo micro e macronutrientes, consumo de bebidas e padrões alimentares podem modificar o risco e atrasar a ocorrência de demência e de sua progressão, assim como melhorar a função cognitiva e os sintomas.

Antioxidantes

As vitaminas A, E e C, o selênio e os flavonoides protegem o organismo contra os danos oxidativos que podem ser a causa ou consequência da demência. Estudos indicam que estes fatores são potencialmente protetores na incidência de demência e que a sua obtenção na alimentação poderá ser preferível à suplementação.

Vitaminas do complexo B e folato

A maioria das vitaminas do complexo B e o folato têm demonstrado associação com a saúde neuronal, intervindo nas suas vias metabólicas, e que o déficit dessas vitaminas pode levar ao aumento da homocisteína plasmática. Os estudos demonstram uma associação entre a ingestão de vitaminas do complexo B e um menor risco de demência e que altos níveis de homocisteína e baixos níveis de vitamina B12 se associam a um maior risco de DA.  

Vitamina D

A vitamina D pode ser importante na proteção contra doenças CV e na neuroproteção: baixos níveis ou déficit de vitamina D têm sido associados a doenças cerebrovasculares e a um maior risco de demência. 

Ácidos graxos essenciais

Os ácidos graxos ômega 3 (AGn-3) diminuem os níveis de colesterol sérico e inflamação sistêmica, inibem a agregação plaquetária e podem estar envolvidos nas vias vasculares inflamatórias e amiloides da DA e da Demência Vascular. Estudos observacionais sugerem um papel protetor dos AGn-3 na prevenção da demência. 

Bebidas alcoólicas

O excesso de álcool é prejudicial à saúde e aumenta o risco de demência. Entretanto, estudos indicam que a ingestão baixa a moderada, sobretudo de vinho, protege contra o declínio cognitivo. Mas, a interpretação dos resultados deve ser cautelosa.

Tratamento nutricional no Alzheimer e outras demências

O efeito de diferentes padrões alimentares no declínio cognitivo e demência tem sido investigado em diversas pesquisas. Como possíveis protetores, destacam-se a Dieta Mediterrânea (DiMe) e a Dieta MIND, que é uma combinação entre a DiMe e a DASH.

De acordo com estudos epidemiológicos, há evidência moderada relativa de uma associação entre a adesão à DiMe e um menor risco de demência, assim como a uma potencial diminuição do risco de progressão de síndromes pré-demenciais. 

Já a dieta ocidental, que consiste em uma elevada ingestão de ácidos graxos saturados, colesterol e açúcares refinados e uma reduzida ingestão de ácidos graxos polinsaturados, foi associada a um maior risco de demência e declínio cognitivo. 

Inegavelmente, a alimentação desempenha um papel fundamental na prevenção e no tratamento de diferentes doenças, incluindo Doença de Alzheimer, Demência Vascular e outras demências, mas as estratégias nutricionais adotadas devem ser individuais.

Para manter hábitos alimentares saudáveis e adequados para as suas necessidades nutricionais, o ideal é consultar um profissional especializado. Agende uma consulta com a Dra. Diana Ruffato, nutricionista especializada em nutrição hospitalar, e tire suas dúvidas.

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Olá, sou a Dra. Diana Ruffato, Nutricionista em Alphaville com atendimento online para todo o Brasil. Seja muito bem-vindo a minha página profissional!

Tenho uma formação em um curso de nutrição com foco em nutrição hospitalar, diferente de todos os outros cursos de nutrição do país que tem um foco maior em saúde pública e prevenção. Além de passar os 5 anos da faculdade dentro de um hospital, fiz mais 2 anos de aprimoramento em Nutrição Hospitalar e Mestrado e Doutorado com Doenças Raras.

Coloco dedicação e amor em tudo o que me proponho a fazer na vida e a Nutrição me permite ajudar as pessoas a viver uma vida mais leve e com mais saúde.

Minha experiência profissional foi toda voltada para a nutrição clínica e tratamento de doenças crônicas e agudas, o que torna meu atendimento diferenciado.

Sou Nutricionista formada pelo curso de Nutrição e Metabolismo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP- RP. Cursei Aprimoramento em Nutrição Hospitalar do Hospital das Clinicas de Ribeirão Preto, USP com duração de 2 anos.

Mestre em Ciências pelo programa de pós-graduação em saúde da criança e do adolescente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e Doutora em Ciências também pelo programa de pós-graduação em saúde da criança e do adolescente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.

Aperfeiçoamento em Nutrição Clínica e Comportamento Alimentar pela USP/FMRP, e curso Eat for Life. 10 Semanas de abordagens de mindful eating com a Ph.D. Lynn Rossy.

Ex-Docente na Universidade de Franca, SP. Foi supervisora de estágio no Hospital Santa Casa de Franca e Ribeirão Preto – SP.

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