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O glúten se refere a fração peptídica específica de proteínas (prolaminas) presente no trigo (glutenina e gliadina), centeio (secalina) e cevada (hordeína). Esses peptídios geralmente são mais resistentes à digestão completa por enzimas GI e podem atingir o intestino delgado intacto. Em um intestino normal, saudável, eles são inofensivos. Já em portadores de Doença Celíaca o glúten chega na barreira intestinal e provoca uma resposta inflamatória e imunológica. Importante salientar aqui, portanto, que o glúten não é o causador da inflamação a não ser que o indivíduo possua um intestino não saudável!
O termo sensibilidade ao glúten é comumente usado para descrever indivíduos com sintomas inespecíficos, sem a resposta imune característica da DC ou os consequentes danos intestinais. A intolerância ao glúten descreve os indivíduos que apresentam sintomas e que podem ou não ter DC.
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Estes dois termos são usados para descrever sintomas como náuseas, cólicas abdominais ou diarreia após a ingestão de glúten. Os pacientes que apresentam estes sintomas geralmente devem ser DESACONSELHADOS a seguir uma dieta sem glúten sem uma prévia investigação diagnóstica para excluir ou confirmar a DC porque:
(1) pode haver uma condição médica subjacente para a qual uma dieta sem
glúten não é o tratamento;
(2) após uma dieta sem glúten por meses ou anos, é difícil diagnosticar a DC; e
(3) uma dieta sem glúten pode ser dispendiosa e restritiva.
O diagnóstico de DC é feito por uma combinação de achados clínicos, laboratoriais e
avaliação histológica. Devem-se avaliar o padrão geral dos sintomas e os antecedentes
familiares dos indivíduos com suspeita de DC. A biópsia do intestino delgado é o padrão ouro para o diagnóstico.
Primeiramente precisamos entender que a dieta a ser implementada deve ser personalizada de acordo com as necessidades nutricionais de cada paciente. Para isso, é necessário contar com a ajuda de um nutricionista especializado que poderá fornecer todo o acompanhamento necessário para esse paciente.
Embora seja personalizada, essa dieta costuma eliminar alguns alimentos de forma permanente para que o paciente não sofra com os sintomas e consequências do glúten em sua alimentação, como é o caso:
Como dissemos anteriormente, alguns alimentos também podem sofrer com a contaminação cruzada. Isso porque o maquinário Industrial muitas vezes acaba utilizando os mesmos equipamentos para a produção de alimentos distintos, como é o caso das sopas instantâneas, molho shoyu, batata frita congelada, condimentos, bebidas em pó, entre outros.
O ideal é que o paciente com doença celíaca estabeleça uma dieta muito rica em fibras como frutas, legumes, leguminosas, hortaliças, etc. Além disso, a hidratação é fundamental para garantir que o corpo consiga absorver esses nutrientes e vitaminas e se mantenha sempre saudável.
A dieta sem glúten além de reduzir os sintomas da doença celíaca também ajuda a minimizar os danos no intestino delgado, melhor absorção de nutrientes, contribui para a melhoria da fertilidade, reduz o risco de câncer e de osteoporose para os portadores da doença.
Precisamos lembrar que qualquer dieta deve ser recomendada e acompanhada por um profissional da nutrição a fim de garantir que o seu corpo esteja recebendo todas as vitaminas e nutrientes que ele precisa.
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